Após uma alta expressiva em janeiro, o Bitcoin teve um aumento modesto de 2% em fevereiro, enquanto enfrenta pressão regulatória e desafios para romper a barreira dos US$ 25.000 em março.
Embora a criptomoeda não tenha tido um mês tão forte quanto o anterior, ela ainda superou o desempenho do ouro, que encerrou fevereiro com uma queda de 5,27%, e do S&P 500, que caiu 2,45%.
A resistência dos bancos centrais em aumentar as taxas de juros para controlar a inflação de suas moedas fiduciárias também é um fator que pode pressionar o desempenho do Bitcoin e outros ativos.
Barreiras que devem ser rompidas
Negociado atualmente a US$ 23.750, o Bitcoin precisa romper a barreira dos US$ 25.000 para continuar a subir.
Embora essa zona já tenha sido testada em fevereiro, os touros não conseguiram mantê-la, e a criptomoeda caiu novamente para os US$ 23.000. O Banco de Compensações Internacionais publicou um relatório trimestral na última segunda-feira (27) sugerindo que os bancos centrais manterão as taxas de juros elevadas durante todo o ano de 2023 para combater a inflação, o que indica que o Bitcoin e outros ativos não terão um ano fácil.
No entanto, um crash global pode ser um gatilho para a criptomoeda decolar, de acordo com Arthur Hayes.
Embora os desafios para o Bitcoin em março sejam significativos, a criptomoeda ainda tem um desempenho melhor do que muitos outros ativos no mercado.
Com o aumento da pressão regulatória e das políticas monetárias de bancos centrais, investidores devem monitorar de perto o desempenho do Bitcoin nas próximas semanas para entender o seu futuro no mercado.
Regulamentação
Com a recente pressão regulatória sobre o mercado de criptomoedas, investidores estão atentos aos movimentos de autoridades mundiais. A proibição da emissão de novos tokens da stablecoin BUSD pelas autoridades americanas em fevereiro, por exemplo, resultou em uma perda de US$ 6 bilhões em valor de mercado para a criptomoeda.
Apesar desse cenário, o presidente da SEC, Gary Gensler, deu boas notícias aos investidores de Bitcoin, ao classificar o BTC como o único ativo que não está sob o controle da SEC, sendo considerado uma commodity. Com isso, o governo americano deve focar em stablecoins e criptomoedas alternativas, abrindo caminho para o Bitcoin se beneficiar com um possível fluxo de capital.
No entanto, a maior atenção ainda está nos gráficos do Bitcoin, e investidores aguardam ansiosos por uma possível quebra da resistência dos US$ 25.000. Caso isso ocorra, analistas apontam para um grande ciclo de alta, o que faz dos touros a missão de conquistar esse patamar em março.