O Bitcoin (BTC), cotado a US$ 27.680 na terça-feira (30), está caminhando para fechar maio com um recuo de cerca de 7%, de acordo com dados do CoinGecko.
A menos que haja uma valorização de 3,2% até o final do mês, será o primeiro mês de baixa no último semestre para a criptomoeda.
A queda provável está relacionada às taxas de juros estabelecidas pelo Federal Reserve (Fed), com altos juros tornando os investimentos de baixo risco mais atrativos, o que pode levar a uma migração de fundos para ativos mais tradicionais.
Com o Federal Reserve mantendo juros altos, Bitcoin pode ter primeiro mês de queda no semestre
O Bitcoin (BTC) iniciou o mês de maio cotado a US$ 28.580, mas na terça-feira (30), estava sendo negociado a US$ 27.680, representando uma desvalorização mensal de aproximadamente 7%.
A menos que a criptomoeda experimente uma valorização de 3,2% até o final do mês, este será o primeiro mês de baixa do Bitcoin no último semestre.
Esta queda em maio está provavelmente relacionada às políticas do Federal Reserve (Fed). O órgão norte-americano deve manter as taxas de juros elevadas por mais tempo em resposta à inflação persistente e a um mercado de trabalho resiliente. Investimentos de baixo risco tornam-se mais atrativos com juros altos, o que tende a afastar o dinheiro de ativos mais arriscados, como as criptomoedas, e a direcioná-lo para ativos mais tradicionais.
As “Baleias” como Salvaguarda do Bitcoin
No entanto, a analista Ekta Mourya ainda vê uma esperança para que o Bitcoin não encerre o mês de maio em baixa.
Segundo Mourya, os grandes investidores do BTC – conhecidos como “baleias” – ainda têm potencial para desencadear uma recuperação no preço da criptomoeda. Normalmente, o acúmulo de Bitcoins por grandes investidores e a diminuição da oferta nas exchanges são considerados sinais de alta para a criptomoeda.
Ao longo de maio, as “baleias” continuaram acumulando Bitcoins, enquanto a oferta nas exchanges caiu quase 3%. Segundo dados do rastreador de inteligência Santiment, as “baleias” aceleraram a acumulação em 24 de maio.
Uma oferta em declínio significa uma diminuição da pressão de venda da criptomoeda nas exchanges, o que abre espaço para uma recuperação do Bitcoin antes do fechamento mensal. Portanto, Mourya acredita que as “baleias” estão em posição de influenciar os comerciantes de varejo com seus movimentos e alimentar uma recuperação do Bitcoin, atuando como um catalisador de alta para o preço do BTC.
É importante mencionar que a criptomoeda teve um desempenho positivo em janeiro, março e abril deste ano, e terminou fevereiro em ligeira estabilidade. Apesar da baixa em maio, no acumulado do ano, o preço do Bitcoin subiu mais de 66%.
O panorama para o Bitcoin, portanto, é de uma dualidade. De um lado, a política de juros elevados do Fed incentivando o fluxo de dinheiro para ativos mais seguros e tradicionais. Do outro, os grandes investidores, as “baleias”, que continuam acumulando Bitcoin e podem criar uma força contrária a essa tendência.
Desta forma, o cenário do Bitcoin para o final de maio ainda é incerto, mas analistas e investidores estão observando de perto a ação das “baleias” na esperança de uma possível recuperação do preço do BTC.
