Ramona Ciocea, diretora de desenvolvimento de negócios na Protokol, uma provedora de soluções web3, explora como a tecnologia blockchain está moldando o cenário dos jogos online.
Ela acredita que, conforme a geração Z investe dinheiro real em itens do metaverso, fica cada vez mais claro que as empresas de jogos tradicionais não podem ignorar a importância duradoura dos jogos web3 e blockchain.
Em meio a polêmicas sobre NFTs e custos elevados de entrada para jogos de “play-to-earn”, Ciocea destaca a importância do progresso e das novas experiências que esses elementos podem oferecer.
Jogos web3 e blockchain: Inovações para um mercado bilionário
A paisagem em constante mudança dos jogos web3 deixa-nos questionando seu lugar no espectro entre admiração e menosprezo. Semanalmente, somos apresentados a novas manchetes de empresas mergulhando em investimentos NFT dentro dos jogos ou enfrentando a ira dos gamers devido aos custos altos de entrada para os jogos de “play-to-earn”. Contudo, uma verdade persiste: o progresso sempre vence.
Ramona Ciocea, chefe de desenvolvimento de negócios na Protokol, afirma que a crescente disposição da geração Z em investir dinheiro real em itens do metaverso é um sinal de que as empresas de jogos tradicionais não podem mais ignorar a importância duradoura dos jogos web3 e blockchain.
Detratores desse novo formato de jogo costumam falhar ao compreender sua essência, que vai muito além do apelo dos NFTs.
As compras no jogo oferecem experiências que ultrapassam a obtenção de skins de edição limitada que simplesmente conferem prestígio aos jogadores.
Para ter sucesso e acompanhar as startups web3, os estúdios precisam embarcar em uma exploração abrangente, forjar uma visão estratégica e liberar sua criatividade ilimitada.
Desafio do mercado
O desafio envolve a complexa interação de blockchains, protocolos, desenvolvedores habilidosos e a adesão do usuário.
Um exemplo de implementação notável é a integração de NFTs em jogos, permitindo que os jogadores tenham a propriedade de ativos dentro do mundo virtual dos jogos.
Um caso emblemático é o do Alien Worlds, um jogo de blockchain bem avaliado, onde os usuários negociaram cartas de jogo in-game como NFTs, com um valor total que ultrapassou $31 milhões em moeda real desde seu lançamento em 2020.
Além disso, para aproveitar totalmente o potencial dos jogos web3, é necessário uma estratégia abrangente que permita aos jogadores governar, negociar e ganhar. Isso requer a exploração de novos modelos para economias no jogo que vão além das transações tradicionais.
Enquanto a estrutura Play-to-Earn (P2E) está ganhando popularidade, sua sustentabilidade depende de uma perspectiva de longo prazo sobre como os jogadores podem ganhar ativos no jogo com valor no mundo real.
Modelos inovadores estão surgindo que permitem aos jogadores atribuir tarefas e empregos uns aos outros, abrindo portas para perspectivas totalmente novas em GameFi, como negócios geridos por jogadores.
Para ter sucesso neste espaço competitivo, os jogos devem oferecer mundos imersivos onde tokens no jogo e NFTs desempenham papéis integrais na jogabilidade.
Uma visão de longo prazo é fundamental para desenvolver um plano estratégico que delineia como os tokens no jogo moldarão a jornada do jogador e o valor que trazem dentro do jogo.
Com a expertise web3 e blockchain, esse sistema pode ser trazido à vida por meio de contratos inteligentes, DAOs e criptomoedas.
Estamos em uma nova era dourada da web3. Com o mercado previsto para crescer para $66 bilhões até 2027, partindo de quase $5 bilhões atualmente, não há melhor momento para agir.
