Brasil importa US$ 1,4 bilhão em criptomoedas em 2023

Brasil registra importação de US$ 1,4 bilhão em criptomoedas em janeiro e fevereiro de 2023, aponta relatório do Banco Central.

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O Banco Central do Brasil revelou que o país importou US$ 1,4 bilhão em criptomoedas nos primeiros dois meses de 2023, evidenciando o crescente interesse dos brasileiros por ativos digitais.

A importação de criptomoedas em 2022, no mesmo período, foi de US$ 1 bilhão, enquanto em 2021, foi de US$ 804 milhões. O aumento na importação de criptomoedas contribui para o déficit na balança de pagamentos do país, que registra déficits desde julho de 2022.

Aumento na importação de criptomoedas contribui para déficit na balança de pagamentos

O último Balanço de Pagamentos divulgado pelo Banco Central do Brasil mostra que, entre janeiro e fevereiro de 2023, o país importou US$ 1,4 bilhão em criptomoedas.

Isso representa um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2022, quando foram importados US$ 1 bilhão em criptomoedas, e ao de 2021, com US$ 804 milhões.

O aumento na importação de criptomoedas pelos brasileiros reflete o interesse crescente pelos ativos digitais no país. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o cenário externo brasileiro tem se saído bem, apesar das incertezas externas e internas persistirem.

O saldo comercial do Brasil em março de 2023, por exemplo, resultou em US$ 16 bilhões positivos, resultado de uma maior exportação no início do ano.

No entanto, o Brasil registra déficits na balança de pagamentos desde julho de 2022, em parte devido ao aumento na importação de criptomoedas.

A balança comercial de bens, que inclui a transferência de propriedade de criptomoedas entre residentes e não residentes do país, é importante para a economia nacional. Um superavit na balança comercial pode resultar em um aumento na oferta de moeda estrangeira, afetando a taxa de câmbio e, consequentemente, os preços dos bens importados e exportados.

O registro das transações de criptomoedas é estimado a partir de contratos de câmbio, já que não há registro aduaneiro para esses ativos e eles não entram na balança comercial divulgada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Nos registros contábeis, as criptomoedas são lançadas na conta de transações correntes, como ativos não financeiros.

Importações de criptomoedas crescem ano após ano

Em 2022, o recorde de importação de criptomoedas foi de US$ 7,5 bilhões, enquanto em 2021, o valor chegou a US$ 5,9 bilhões.

Essa tendência crescente de importação de criptomoedas no Brasil indica um interesse cada vez maior dos brasileiros por ativos digitais, o que pode ser atribuído a diversos fatores, como a busca por diversificação de investimentos, proteção contra a inflação e adoção de novas tecnologias financeiras.

A importação de criptomoedas também sinaliza a crescente aceitação desses ativos pelo sistema financeiro brasileiro e a adaptação às recomendações internacionais.

Desde que o Fundo Monetário Internacional (FMI) começou a recomendar que os bancos centrais reconheçam as criptomoedas em seus balanços, o Banco Central do Brasil adotou as regras internacionais.

O aumento na importação de criptomoedas pode ter implicações na economia brasileira, como a influência na taxa de câmbio e nos preços dos bens importados e exportados.

Além disso, a crescente popularidade das criptomoedas também pode estimular o desenvolvimento de infraestruturas e serviços relacionados a esses ativos no país, fomentando a inovação e a criação de empregos no setor de tecnologia financeira.

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