O volume de criptomoedas negociadas por brasileiros no primeiro trimestre de 2023 foi 17,7% maior em comparação ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 46 bilhões, segundo dados da Receita Federal.
Além disso, o número de negociações também aumentou, resultando em um novo recorde de CPFs e CNPJs operando criptomoedas.
O destaque em termos de crescimento foi uma criptomoeda com ligações ao Brasil. A stablecoin USDT liderou as negociações, seguida pelo Bitcoin (BTC) e Ether (ETH). Também houve aumento no número de investidores e empresas que negociaram criptomoedas.
Aumento expressivo no volume de criptomoedas negociadas e recordes de CPFs e CNPJs
No primeiro trimestre de 2023, os brasileiros negociaram um volume de criptomoedas de R$ 46 bilhões, 17,7% maior que no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Receita Federal.
O crescimento foi acompanhado por um aumento no número de negociações e um novo recorde de CPFs e CNPJs operando criptomoedas.
A stablecoin USDT liderou as negociações com R$ 37,1 bilhões ao longo do semestre. No entanto, em termos de número de operações, a liderança ficou com o Bitcoin (BTC), que registrou 5,7 milhões de operações, movimentando R$ 6 bilhões. Em segundo lugar ficou o Ether (ETH), com 2,2 milhões de operações e movimentação de R$ 891,2 milhões.
De acordo com a Receita Federal, mais de 1,6 milhão de CPFs declararam operações com criptomoedas, estabelecendo um novo recorde absoluto.
As empresas que negociaram criptomoedas também quebraram recordes, com o cadastro de 61,3 mil CNPJs realizando esse tipo de operação.
As exchanges brasileiras negociaram R$ 37,2 bilhões no primeiro trimestre, 35,1% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Já as exchanges estrangeiras foram responsáveis por R$ 2,7 bilhões em volumes, uma queda de 26% na comparação com 2022.
Por fim, as transações realizadas através de peer-to-peer (P2P) somaram R$ 5,9 bilhões, uma queda de 23,5%. A stablecoin brasileira BRZ, pareada ao real, processou 3,3 milhões de transações no primeiro trimestre, um aumento de 2.075% em relação ao mesmo período de 2022.
No entanto, o volume financeiro da BRZ até março foi de R$ 630 milhões, menor que os quase R$ 2 bilhões processados nos primeiros três meses do ano passado.
Apesar de ter registrado um volume financeiro menor em comparação ao mesmo período do ano anterior, a BRZ se destacou no número de transações, mostrando um aumento expressivo.
Esses dados indicam um crescimento significativo da participação brasileira no mercado de criptomoedas, com novos recordes de pessoas físicas e empresas envolvidas nas negociações. Além disso, a presença de uma stablecoin brasileira entre as mais negociadas sugere uma crescente confiança e interesse no setor de criptomoedas no país.