Os dados onchain recentemente divulgados e noticiados pelo portal Livecoins apontam que o governo dos Estados Unidos possui 205.515 Bitcoins em suas carteiras, o que equivale a R$ 29,3 bilhões.
Esse montante representa mais de 1% de todos os bitcoins em circulação, tornando o governo americano um dos maiores detentores de bitcoin do mundo.
Apenas duas entidades possuem mais bitcoin do que o governo dos Estados Unidos: o fundo da Grayscale, o GBTC, que tem 643.572 bitcoins (R$ 91,8 bilhões), e a Coinbase, corretora americana que oferece serviços de custódia e que tinha mais de 2 milhões de bitcoins (R$ 285 bilhões) no ano passado.
Em comparação, El Salvador, que recentemente adotou o bitcoin como moeda legal, possui apenas 2.381 bitcoins (R$ 339 milhões), enquanto a MicroStrategy, empresa de inteligência de negócios que investiu pesadamente em bitcoin, detém 138.955 bitcoins (R$ 19,8 milhões).
Vale ressaltar que os bitcoins pertencentes ao governo dos Estados Unidos foram confiscados em ações policiais e, diferentemente de El Salvador, ainda não foram leiloados.
As últimas três apreensões envolveram um ex-agente corrupto da CIA, um hack à corretora Bitfinex e um hack à Silk Road.
Somando as apreensões menores, o total de bitcoins em posse dos EUA chega a 205.515 BTC, equivalente a R$ 29,3 bilhões na cotação atual.
Alguns investidores suspeitam que o governo dos Estados Unidos tenha interesse em manter essas moedas para si, já que o bitcoin tem se mostrado uma boa reserva de valor.
O que isso pode significar para o mercado de criptomoedas?
O fato do governo dos Estados Unidos possuir mais de 1% de todos os bitcoins em circulação pode ter algumas implicações no mercado de criptomoedas.
Em primeiro lugar, pode ser visto como um sinal de maior legitimidade e aceitação do bitcoin como uma reserva de valor e ativo investível.
O fato do governo americano estar incluído entre os maiores detentores de bitcoin do mundo pode dar mais confiança aos investidores institucionais e aumentar a adoção da criptomoeda em nível global.
No entanto, também pode gerar preocupações com relação à centralização do poder e controle do mercado de criptomoedas nas mãos de poucos detentores. Alguns investidores podem temer que, caso o governo dos Estados Unidos decida vender seus bitcoins no mercado, isso poderia ter um impacto significativo no preço e na estabilidade da criptomoeda.
Por outro lado, o fato do governo não ter leiloado ainda esses bitcoins pode indicar que ele está vendo o ativo como uma reserva de valor estratégica, e não apenas como uma mercadoria a ser negociada no mercado.
Isso pode ser um sinal de que o governo americano pode estar pensando em incorporar o bitcoin em suas reservas internacionais de moeda, o que poderia ter um impacto significativo no valor da criptomoeda.
No geral, o fato do governo dos Estados Unidos possuir uma quantidade significativa de bitcoin é um sinal da crescente adoção e legitimidade da criptomoeda. No entanto, também levanta questões importantes sobre o controle do mercado de criptomoedas e a possível interferência do governo em seu preço e estabilidade.