O mercado de criptomoedas encerra a semana com valorização, apesar da volatilidade registrada desde segunda-feira.
O Bitcoin atingiu a marca de US$ 30 mil, a melhor em quase um ano, e fechou com ganho semanal de cerca de 7%. A crise do First Republic Bank (FRC), nos EUA, impulsionou o bitcoin como ativo de preservação de valor. Além disso, a divulgação do PIB norte-americano, que cresceu menos do que o esperado, indica que a política monetária restritiva do Federal Reserve pode estar surtindo efeito.
Instabilidade em bancos tradicionais e PIB dos EUA impulsionam bitcoin
O mercado de criptomoedas finaliza a semana com resultados positivos, apesar da forte volatilidade observada desde segunda-feira. O bitcoin atingiu a máxima de US$ 30 mil, seu melhor valor em quase um ano, e encerrou a semana com uma valorização de aproximadamente 7%.
A crise do First Republic Bank (FRC), nos Estados Unidos, voltou a ganhar destaque no noticiário, após suas ações despencarem na bolsa norte-americana.
Analistas apontam que a instabilidade nos bancos tradicionais impulsionou o bitcoin, originalmente considerado um ativo de preservação de valor, assim como o ouro. O FRC reportou uma perda de US$ 100 bilhões em seus depósitos no primeiro trimestre.
Lendel Vaz Lucas, da gestora de investimentos quantitativos iVi Technologies, afirma que o banco enfrenta uma situação crítica e há uma ampla expectativa de intervenção do governo dos EUA. Além disso, ele ressalta que há 186 bancos nos EUA com perdas não realizadas que ultrapassam US$ 620 bilhões, afetando o mercado de criptomoedas.
No ambiente macroeconômico, a divulgação de um crescimento menor do que o esperado do PIB norte-americano sinaliza que a política monetária restritiva do Federal Reserve (Fed) pode estar funcionando. Ontem, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou que o PIB do país cresceu 1,1% no primeiro trimestre, em base anualizada, ficando abaixo das estimativas de 2%.
Hoje, o Departamento de Comércio divulgou que o índice de preços ao consumidor (PCE) dos Estados Unidos registrou alta anual de 4,2% em março, desacelerando após o avanço de 5,1% na leitura anterior. Em Nova York, as bolsas reagem positivamente ao indicador, dando continuidade ao movimento registrado ontem, impulsionado pelo bom desempenho das ações das “big techs” e o resultado do PIB.